domingo, 4 de janeiro de 2015

Relato de Parto - Stéphanie Evally


26 de out (domingo). Cheguei em casa às 3:30 da manhã depois de voltar da maternidade e feito 2 exames de toque e constatar que já estava com 2 de dilatação. Cheguei e fui dormir, ao longo das horas percebi umas cólicas que me acordavam ao logo do sono, resolvi então marcar no relógio. O intervalo era de 10m de uma para outra, mas era suportável, fui votar e resolvi maneirar nos alimentos sólidos e ir sempre ao banheiro para limpar o estomago. O dia foi se passando e só conseguia dormir, ao menos tentar, pois era sempre acordada pela cólica. Quando deu 00:30 a dor aumentou e trouxe com ela uma ânsia de vomito. Cheguei na maternidade do SUS às 01:30 da manhã e fui para a sala da triagem, entreguei a primeira ultra, a ultima e os exames de sangue, urina e fezes mais recente, fizeram a contagem de contrações no espaço de 10m, as minhas duravam entre 20 e 30 segundos, que não eram o bastante para o internamento, porém, tive 4 contrações, o exame dos batimentos da minha princesa estavam ok, e minha dilatação tinha dobrado em 24hrs, 4cm naquele momento. Fui internada às 2hrs da manhã de segunda-feira. Meu marido entrou comigo, colheram minha urina e sangue e logo me encaminharam para sala de pré parto, que no SUS são macas separadas por biombos. O tempo passava e minhas contrações vinham em tempos menores, duravam mais tempo, a dor já não era mais suportável.
À medida que vinham as mais fortes eu vomitava, tremia, como se estivesse em um congelador, me puseram no soro, pois ja tinha vomitado o suco gástrico. Voltaram às 4h da manhã e fizeram outra vez o toque, minha dilatação subiu para 7cm, e a dor se tornou pior, não vou mentir. Desde as 7 da manhã meu marido e eu chamávamos alguém para fazer um novo toque para saber se a tinha evoluído ou não. Mas já estávamos felizes de já estar em 7, porém minha preocupação era que não havia rompido a bolsa. A obstetra de plantão, após 1:30 chamando-a resolveu aparecer, mas me deu a informação de que, a próxima medica que iria pegar meu parto, fiquei chateada, e a dor crescendo. Já não dava mais para ficar sentada, e toda vez que a dor vir, me sentava na maca e tremia. Quando deu 8h da manhã, uma das médicas que fez a minha triagem apareceu, veio me ver, e fiz o pedido do novo exame de toque, e para estourar minha bolsa. Encaminharam-me para tomar um banho quente para aliviar a dor, mas nada adiantava. Em minutos voltou a medica da triagem para meu toque. 9 e meio de dilatação, e fiz novamente o pedido de estoura-la. Logo em seguida ela voltou mais desta vez com a obstetra do meu parto e um treco nas mãos, que era para estourar a bolsa. A doutora tornou a repetir o toque e lá estava o tão sonhado 10 cm de dilatação e para a minha surpresa a bolsa já havia rompido e eu não tinha sentido o liquido. A Doutora fez todos os preparativos. Para minha surpresa a medica foi super atenciosa, conversou comigo, fez graça ao ver meu marido filmar, perguntou se queríamos que ela gravasse. Me tirou o medo de que todos os médicos faziam episiotomia e me dava apoio toda vez que a contração vinha. Quando a cabeça da minha filha estava apontando a mesma passou um tipo de lubrificante na minha vagina e perguntou se eu queria passar o dedo e sentir a cabeça de minha filha, me arrependo de não ter feito naquele momento, a dor era muito insuportável e eu só queria que acabar naquele momento. Na contração que sucedeu fiz forca e a cabeça da minha filha saiu e em seguida muito rápido o braço dela foi para fora, senti algo escorregando de mim, foi estranho e aliviador! Trouxe um alivio imediato. Rapidamente puseram a minha filha sobre mim, esperaram o cordão parar de pulsar, cortaram e pegaram para ajeita-la. Trouxera-a e me deram para amamentar. 9:16 minha filha nasceu. Sem episio e laceração, graças a obstetra que fez meu parto em uma maternidade publica do estado da Bahia, em Salvador. E outra, a medica ainda foi ver a minha filha e eu na enfermaria juntamente com a equipe que auxiliou no parto, ouvi ate que minha bebe era a mais linda da maternidade.

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